A vida cultural de um povo, resultante de uma relação dialética entre as idéias e as condições empíricas, isto é, entre as questões simbólicas/ideológicas e sua experiência cotidiana em todos os aspectos, estabelece o alicerce para o desenvolvimento, ou não, de uma comunidade. Neste sentido, o conhecimento e a verdade fundamentam a construção de sociedades mais plenas, justas e livres. No caminho da transformação precisamos antes conhecer a verdade completa e restauradora de Deus, revelada nas escrituras, e praticá-la. Por outro lado, o alicerce para a destruição das comunidades é a mentira e a ignorância.
A conclusão é que quanto mais uma sociedade tem impregnada em si crenças baseadas em princípios contrários a palavra de Deus, mais ela estará em trevas, com a manifestação das conseqüências na forma de pobreza espiritual e física, injustiça, miséria, fome, discriminação, desesperança, opressão dor e morte. Por idêntico raciocínio, quanto mais uma cultura se fundamenta na verdade, ou seja, na cosmovisão bíblica, maiores serão as manifestações de justiça, paz, prosperidade, solidariedade, equidade, desenvolvimento e vida. Ou seja, mais ela estará perto do Reino de Deus .
Elementos da cosmovisão bíblica que tem papel essencial no processo de transformação social:
- o valor absoluto da vida humana, concebido a partir da crença de que o homem foi criado a imagem e semelhança de Deus;
- o entendimento da criação;
- o valor do tempo;
- as noções de teologia reformada da criação, queda e redenção;
- a capacidade do homem em construir a história e não ser vitima dela;
- o senso de responsabilidade pessoal e coletiva;
- a igualdade de pessoas, refutando as teses de superioridade racial;
- a realidade pessoal;
- o caráter imutável de Deus;
- o homem como mordomo da criação, estabelecendo as bases para o manejo adequado da natureza;
- o amor ao próximo, expresso na forma de trabalho em favor do bem-estar coletivo.